IDENTIDADE

" Devias criar um blog...", "Cria lá um blog!" bem com tanta insistência aqui está o dito - Now that I found me... os nacionalistas vão-me desculpar pelo título em inglês mas nem tudo é a preto e branco.
O meu 1º post vai ser um texto que fiz para o blog de uma grande amiga - obrigada por publicares o meu texto :) e que é a génese do blog e facilmente se compreende o nome do mesmo.


Às vezes a vida parece um sonho, tão confusa e ridícula que sinto que esta não sou eu e isto não pode ser viver! Durante anos vivi escondida dentro de mim, isolada com medo do mundo e agora que finalmente estou a perceber o que sinto e o que quero, o que quero não está lá pra mim. Não é meu por direito e para sempre ficará a dúvida do que poderia ter sido. Há momentos que sinto que não fiz o suficiente, que o esforço foi inferior ao suposto e por isso não ganhei; talvez não tivesse escrito; ou então a realidade é composta por uma rede de acontecimentos tão complexos e aleatórios que raramente ocorrem como gostariamos. Talvez porque nem tudo o que desejamos nos faz falta! Ou simplesmente queremos acreditar que sim.
Para sempre vou ficar a pensar...
Será que a pessoa que escolhemos passar o resto das nossas vidas é a pessoa certa?? Como sabemos que esse ser nos fará mais feliz que outro alguém noutro momento? Como ser suficientemente fiel e dedicado, sem sentir que nos fechamos a outro amor?! Esconde-se o desejo e vive-se assim para sempre?! E é tudo o que podemos ser...
Não foi isto que alguma vez pensei ser, já tentei a alternativa, que aos olhos do mundo mais simples se apresenta, mas é impossivel ser quem não somos por mais que o futuro nos pareça negro! Não sei se é assim que vou ficar mas vou tentar sobreviver ao que está para vir!!
A maioria das vezes sinto que não pertenço a lado algúm nem a ningúem, observo o mundo que passa e não me identifico com as pessoas que o habitam. É como se existisse uma linha translúcida que nos separa, que me ignora. É um sentimento difícil de compreender ou mesmo interpretar. Sinceramente não sei se quero fazer parte da multidão, ser mais um neste globo azul, quero ao menos, deixar alguma marca nas pessoas que importam e que me conhecem.
Estar suportavelmente viva... ser suportavelmente feliz!