Ela era tão querida, tão ingénua mas só por ter sido protegida, não precisava saber mais do que sabia, era feliz assim...
Nem sabe o que lhe aconteceu, um dia simplesmente não voltou mais a casa. Nem era preciso saber, sofria com a doença e sentia que era o fim, mas não o dizia, queria fazê-los acreditar que ela não sabia que a sua hora tinha chegado; e a família não fazia comentários em torno dessa cruel realidade. Todos sabiam mas ninguém se atrevia...
Não sabia muito bem o que se estava a passar, está um pouco desorientada, toda a família de roda dela, protegendo-a, mimando-a, fê-la sentir-se amada!
A família estava desgastada, sofria com o seu sofrimento, o tempo que esteve internada foi um suplício, porque quando se sabe o desfecho da peça é melhor que termine logo, custa menos... ela teria sofrido menos... e a vida continuaria!
Continuou, agora a família sente que devia ter passado mais tempo com ela, que devia ter aprendido melhor as suas receitas que só ela sabia e que todos gabavam...
Ela era tão querida, a maneira como falava numa voz tão doce e tão leve, que o ambiente à sua volta desaparecia e tudo ficava calmo. A maneira como tocava, com tanto cuidado e tão levemente...
Sentem a sua falta e sentem que não fizeram o suficiente, que não estiveram presentes como ela gostaria, como eles gostariam... A sua dor terminou e a angústia de a verem sofrer também, onde quer que esteja continuará a ser lembrada nos seus corações e continuará a ser querida!
Sem comentários:
Enviar um comentário