"Porque não tentas escrever?" disse-lhe Mara - deixou o narrador em alerta e esta ideia foi ganhando vida na sua cabeça. Sempre escrevera, mas fazia-o para entreter os amigos, agora tratava-se de algo maior, assustador... "Um homem escreve para se libertar do veneno que acumulou em consequência do seu falso modo de vida." (...) "Nenhum homem escreveria uma palavra se tivesse a coragem de viver de acordo com aquilo em que acredita." (...) "O escritor verdadeiramente grande não quer escrever, o que quer é que o mundo seja um lugar onde possa viver a vida da imaginação." (...) "Ninguém, nenhum princípio, nenhuma ideia, tem qualquer validade, em si mesmo. Em tudo - incluindo Deus -, só é válido o que é realizado por todos os homens em comum."
(...)
"Quando serena, quando se torna desesperadamente sincero consigo mesmo, todo o homem é capaz de proferir verdades profundas."
Este é o primeiro capítulo, mas estou a gostar, tem devaneios humorísticos e muito profundos com vocabulário em desuso... e a personalidade do narrador é desconcertantemente misteriosa e única.
Sexus
Sem comentários:
Enviar um comentário